[Resenha] Perdido em Marte - Andy Weir


| Autor: Andy Weir | Selo: Arqueiro | Páginas: 336 | ISBN: 9788580413359Skoob | Comprar |
  
Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho.
Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a
tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente.
Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate.
Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico e um senso de humor inabalável, ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência.
Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para
entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá.
Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de surpreender o leitor. Skoob
Já tem um tempinho que recebi esse livro da editora, e comecei a ler imediatamente, pois me amarro numa ficção científica, ainda mais quando cheira aventura espacial das boas. Mas não foi tão fácil quanto eu pensava e vou me explicar a seguir.

Mark Watney é um personagem incrível, inteligente, espirituoso, e um tanto quanto macabro em certas situações, mas sempre hilário. Isso o ajudou muito, afinal ele estava perdido em Marte não é mesmo? O que teria de engraçado nisso? Mas ele, simplesmente, conseguia fazer piada de tudo. Isso tornou a leitura leve, leve.
[8:31] JPL: Ótimo, mantenha-nos informados sobre problemas mecânicos ou eletrônicos. A propósito, o nome da sonda que estamos enviando é Íris. É o nome da deusa grega que viajou aos céus com a velocidade do vento. Também é a deusa do arco-íris.
[8:47] WATNEY: Sonda gay vindo me salvar. Entendi.
A situação que ele estava passando era desesperadora. Depois que a missão Ares 3 foi abortada devido a uma tempestade de areia, a tripulação o largou em Marte, pois pensaram que ele estaria morto. Então, desde esse dia, Mark tentaria sobreviver a Marte a todo custo, usando todas suas habilidades e muita, muita sorte. Não parece uma super aventura?

Então a narrativa vai ficando cada vez mais densa, técnica, e muitas vezes totalmente incompreensível. São tantas suposições, fórmulas e estatísticas que dá vontade de ir saltando até chegar á parte legal. Mas daí vem o problema, se você não ler “tim-tim por tim-tim” não irá entender nada. Então o processo foi lento, lia, relia, avançava, voltava e me perdia. Um ciclo sofrido.

(...)14 litros de O2líquido, 14 litros de N2líquido. Suporte à vida: Oxigenador e regulador atmosférico: 418 horas de filtros de CO2 descartáveis para emergências.
Conversa de Químico
 - Isto significa que há um ponto no código de base no qual os bytes são analisados. Podemos inserir um código minúsculo, apenas instruções, para escrever os bytes analisados para o arquivo de registro antes de verificar sua validade.
Conversa de Técnico em Informática

O Mark na verdade era um MacGyver, nível master, perdido em Marte. Conseguiu transformar a composição da terra morta e seca de Marte em uma terra fértil a ponto de cultivar batatas (incrível isso!). Produziu água a partir das moléculas e costura, cola, liga, desliga, cria e destrói usando um grampo de cabelo (Ah não, esse é o MacGyver!). Mas basicamente é isso. Ele foi “O cara” que fez tudo isso em Marte.

Não posso dizer que não gostei do livro, só penso que uma história sem tantas explicações científicas teria me atraído mais. São tantas siglas que pensei em fazer um glossário para conseguir entender. CERO, AEV, VAM etc.

A narrativa, às vezes em primeira pessoa na forma de diário do Mark, às vezes em terceira pessoa quando narra passagens em tempo real na Terra, deixa o livro com cara de filme, e bem que daria um ótimo enredo. Com certeza eu iria assistir, assim entenderia melhor algumas situações que o Mark passou.

Torci pelo Mark o tempo todo, sofri com ele e tive muito medo em algumas situações surreais que ele passou. Mas também me diverti com sua com sua leveza de espírito. Quem em sã consciência já não teria pirado em seu lugar?

A capa é lindíssima, bem com cara de Marte mesmo, com um astronauta andando em um mundo de solo vermelho, perdido no meio de uma tempestade de areia. Textura aveludada, o que aprendi a gostar, pois não escorrega da mão com facilidade.

Recomendo para qualquer um que curta (muito mesmo) ficção científica intensa, ou deseje muito ser astronauta quando crescer. Eu mesma sonhava com isso, ainda bem que desisti. Não sobreviveria em Marte.

Confiram uma entrevista sobre o livro “The Martian” com o autor Andy Weir, link.

2 comentários

  1. Sua resenha me atraiu mais que a sinopse do livro!! Vou ler!

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    1. eu achei um tanto qt complicado em relação as partes técnicas... mas é uma ficção daquelas... imagina ai vc perdia em Marte sem ninguém???? loucira... tem muitas partes divertidas tb... obrigada pela sua visita...

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